“(... )não
conhecem o caminho pelo qual, deixando o orgulho, iriam até o Salvador, e por,
ele, subiriam novamente a ele; ignoram este caminho e se consideram tão
elevados e cintilantes quanto os astros; e tombaram por terra, com o coração
coberto pelas trevas da ignorância: Dizem muitas verdades sobre as criaturas, e
não buscam devotamente o verdadeiro, artífice da criação; assim, não a
encontram, ou, se o encontram, embora conhecendo a Deus, não lhe prestam honra
como a Deus, nem lhe rendem graças. Perdem-se em vãs reflexões. Proclamam-se
sábios, atribuindo a si dons que são Teus; e se empenham, cegos e perversos, em
atribuir-te o que propriamente pertence a eles: transferem suas falsidades a
ti, que és a Verdade, e assim ‘trocam a glória de Deus incorruptível por
imagens do homem corruptível, (...); trocam a verdade de Deus pela mentira, e
adoram e servem a criatura em lugar do criador.”
Santo
Agostinho, Confissões; Livro V. 3:5.